2018 - Ofertório





1. Alegria alegria (Caetano Veloso, 1967)
2. O seu amor (Gilberto Gil, 1976)
3. Boas vindas (Caetano Veloso, 1991)
4. Todo homem (Zeca Veloso, 2017)
5. Genipapo absoluto (Caetano Veloso, 1989)
6. Um passo à frente (Moreno Veloso e Quito Ribeiro, 2005)
7. Clarão (Tom Veloso, 2018)
8. De tentar voltar (Moreno Veloso e Domenico Lancellotti, 2014)
9. A tua presença morena (Caetano Veloso, 1971)
10. Trem das cores (Caetano Veloso, 1982)
11. Um só lugar (Cezar Mendes e Tom Veloso, 2015)
12. Alexandrino (Caetano Veloso, 2018)
13. Oração ao tempo (Caetano Veloso, 1979)
14. Alguém cantando (Caetano Veloso, 1977)
15. Ofertório (Caetano Veloso, 1997)
16. Reconvexo (Caetano Veloso, 1989)
17. Você me deu (Caetano Veloso e Zeca Veloso, 2015)
18. O leãozinho (Caetano Veloso, 1977)
19. Gente (Caetano Veloso, 1977)
20. Ninguém viu (Moreno Veloso, 2018)
21. Ela e eu (Caetano Veloso, 1979)
22. Não me arrependo (Caetano Veloso, 2006)
23. Um canto de afoxé para o bloco do Ilê (Caetano Veloso e Moreno Veloso, 1982)
24. Força estranha (Caetano Veloso, 1978)
25. How beautiful could a being be (Moreno Veloso, 1997)
26. Canto do povo de um lugar (Caetano Veloso, 1975)
27. Deusa do amor (Adailton Poesia e Valter Farias, 1992)
28. Tá escrito (Xande de Pilares, Carlinhos Madureira e Gilson Bernini, 2009)

Comentários:
"Decidimos pôr o título Ofertório no CD/DVD do nosso show (que, até então, era conhecido apenas pela lista dos nossos nomes em ordem de idade e de número de sílabas: Caetano Moreno Zeca Tom - Veloso) quando ele já tinha sido apresentado em temporadas no Rio e em São Paulo, além de uma ida a BH. É que a canção que fiz para a missa de 90 anos de minha mãe toca no cerne do nosso feixe temático: as relações familiares, a família de inspirações que assaltam os quatro modestos mas entusiasmados criadores, a visão total que, como nenhuma outra dimensão do conhecimento, a religião expõe.
Esse canto ritual escrito por mim, que sou o único não-religioso do grupo, ilumina a entrada de Reconvexo, o desaforado brado do Recôncavo Baiano que, no roteiro, vem logo em seguida. Mas também expande seus raios sobre Um passo à frente, de Moreno, Todo homem, de Zeca, Clarão, de Tom, meu Jenipapo absoluto ou Tá escrito de Xande de Pilares - enfim, a todo o repertório do show. Tanto que forçamos impor o novo título ao próprio espetáculo.

Tudo isso foi um sonho meu, acalentado por longo tempo. O show que fiz no Sesc de São Paulo com Moreno em 2006 voltava sempre à minha cabeça. Zeca e Tom se chegando para a música também, imaginei armar um com os três, num modo de estar mais perto deles depois de crescidos. E de clarear - para mim, para eles e para os outros - o sentido da presença de Bethânia e minha, assim como as de Gil e Gal, no cenário da música popular do Brasil. Tom, que vai direto à essência das coisas, logo disse, ao saber do plano, que queria que cantássemos O seu amor, canção de Gil escrita para os Doces Bárbaros.

Na nossa cabeça não tínhamos um "produto" para oferecer. Tratava-se sempre de uma delicada e vulnerável experiência existencial que enfrentamos com alegria e preocupação. A estreia logo nos colocou mais do lado da alegria. Mas continuamos atentos. Agora temos um produto para apresentar. Que nosso grupo semi-amador, mas de alma sofisticada, apareça nessas gravações fiel a seu espírito. Todo homem, canção de Zeca, tornou-se conhecida e amada por mais de um milhão de pessoas. Nossas apresentações despertam emoções novas em espectadores surpresos. Nossos colegas sentem carinho pelo que veem e ouvem de nós. Esperamos que todas as pessoas que virem e ouvirem, no CD/DVD que se lança agora, possam também se enternecer com nossos sons e imagens. Que nossa aventura familiar contribua com a construção do Brasil." 

Caetano Veloso, release para o CD/DVD "Ofertório"

2017 - Caetano ao vivo na Concha


Caetano Veloso
Os passistas
Gente
Minha voz, minha vida
Cucurrucucú Paloma
Love for sale
Bahia, minha preta
Tá combinado
A voz do morto 
Branquinha
Sozinho

Caetano e Teresa 
Tigresa
Miragem de Carnaval
Como 2 e 2
Desde que o samba é samba
Odara
Qualquer coisa

Extras - Ao vivo em São Paulo 
Um índio
Luz do sol
Meu bem, meu mal
Esse cara
Enquanto seu lobo não vem
________________________________

gravado ao vivo na Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Salvador - Bahia 

Vinício Vilela : capa 
Maicon Justino : áudio 
Pedro Progresso : edição 
.
Release: Caetano apresenta Teresa

"Teresa Cristina surgiu, junto ao Grupo Semente, como uma autoridade natural do mundo do samba. Toda sua dignidade pessoal potencializava a dignidade social que o samba ganhou ao longo de sua história. Era como se esse ritmo, visto em seus começos como uma ameaça à sociedade - que decidia botar a polícia contra sua prática - tivesse galgado a escala e, passando de Donga a Noel (Rosa), de Ary (Barroso) a Zé Kétti, de Aracy (de Almeida) a Elza (Soares), tivesse chegado, com Teresa, a um grau definitivo de respeitabilidade. E parado ali. O CD duplo com canções de Paulinho da Viola registrava essa estação. Mas o show que vimos no Theatro Net Rio foi muito além disso. Teresa apresentou uma gama de tons e sentimentos diferenciados, a variedade refletindo o conhecimento de música popular que ela guarda desde a meninice. 

Fiquei impressionado com a cultura musical de Teresa quando a convidei para participar de um dos shows da série Obra em progresso, durante a feitura do CD Zii e Zie: ela sabia todas as minhas canções, me reensinando as que eu tivesse esquecido. Depois vi que ela conhecia igualmente a obra de Roberto Carlos, e de Cazuza, e de Supertramp e de quem mais você pensar. No show que ela fez com a banda Os Outros, com canções de Roberto, ela mantinha a segurança que apresentava nas interpretações de sambas. Mas não parecia ainda sair de uma zona protegida. Agora, com as canções de Cartola, é uma artista cheia de nuances que aparece. Sua elegância em cena, a propriedade espontânea de cada gesto, o humor, a riqueza de colorido em sua afinação segura, tudo revela uma cantora-criadora, uma artista da canção. Os sambas de Cartola surgem mais precisos e mais tocantes do que nunca. O show é uma antologia composta por uma especialista superior.

A adequação do canto de Teresa ao violão de Carlinhos Sete Cordas é mais do que perfeita. É mágica. Carlinhos é um instrumentista esplêndido, a limpidez de seu toque vem da intimidade com tudo o que aconteceu com o samba desde o começo do século 20. Estão ali os primeiros batuques, o brilho dos virtuoses, as condensações harmônicas da bossa nova. Mais: nele se percebe o samba enriquecendo a música em sua totalidade histórica. A tranquilidade com que cada acorde escolhido sugere a entrada da voz de Teresa refina a alma do ouvinte. E Teresa cresce a cada melodia, a cada palavra, a cada segundo. Todos os brasileiros deveriam ver e ouvir o que se passou no Theatro Net Rio naquela noite.” 

Caetano Veloso 


2015 - Dois amigos, um século de música

1. Back in Bahia (Gilberto Gil, 1972)
2. Coração vagabundo (Caetano Veloso, 1967)
3. Tropicália (Caetano Veloso, 1967)
4. Marginália II (Gilberto Gil e Torquato Neto, 1967)
5. É luxo só (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1957)
6. De manhã (Caetano Veloso, 1965)
7. As camélias do quilombo do Leblon (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 2015)
8. Sampa (Caetano Veloso, 1978)
9. Terra (Caetano Veloso, 1978)
10. Nine out of ten (Caetano Veloso, 1972)
11. Odeio (Caetano Veloso, 2006)
12. Tonada de luna Ilena (Simón Díaz, 1973)
13. Eu vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965)
14. Super homem, a canção (Gilberto Gil, 1979)
15. Come Prima (Alessandro Taccani, Vincenzo Di Paola e Mario Panzeri, 1957)
16. Esotérico (Gilberto Gil, 1976)
17. Tres Palabras (Osvaldo Farrés, 1946)
18. Drão (Gilberto Gil, 1982)
19. Não tenho medo da morte (Gilberto Gil, 2008)
20. Expresso 2222 (Gilberto Gil, 1972)
21. Toda menina baiana (Gilberto Gil, 1979)
22. Se eu quiser falar com Deus (Gilberto Gil, 1980)
23. São João Xangô menino (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1976)
24. Nossa gente (Avisa lá) (Roque Carvalho, 1992)
25. Andar com fé (Gilberto Gil, 1982)
26. Filhos de Gandhi (Gilberto Gil, 1973)
27. Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1993)
28. Domingo no parque (Gilberto Gil, 1967)
29. A luz de Tieta (Caetano Veloso, 1996)

Comentários: 
"Quando iniciei os ensaios para Dois Amigos, Um Século de Música, pensei que ter aceito o convite do contratante europeu para fazer uma turnê ao lado de Gil fosse ser, afinal, mero caça-níquel: repertório redundante e absoluta impossibilidade de eu tocar um violão ao menos aceitável ao lado do meu colega. Precisei enfrentar umas quatro apresentações para admitir que havia um pouco de “Paratodos” [canção de Chico Buarque] no nosso show. Um pouco é muito. Hoje, há o sentimento de que o Brasil está acabando, de que não se pode suportar outra década perdida, de que descer tanto quando se esboçava aprender a subir é prova de que nunca sairemos do buraco em que sempre estivemos. O cu do mundo. Nossos shows nos diziam que há uma luz mais alta apontando para outras possíveis visões. Gil tinha saído da turnê intitulada Gilbertos Samba, em que retomava o repertório de João Gilberto, e eu resistia a que ele parasse com ela. Eu queria que o mundo o visse tocar “É Luxo Só” ou “Você e eu” com os estudos do ritmo do samba feitos por Domenico Lancelotti e Bem Gil em aparatos eletrônicos – e a inspiração harmônica do magistral garoto Mestrinho no acordeom. Bom, o show chegou ao menos aos Estados Unidos, onde, no New York Times, foi criticamente consagrado. Mas Gil queria fazer o que o contratante europeu propunha. Honrava-me estar perto dele. Mas comecei hesitante. O que aprendi com ter feito o Dois Amigos não tem preço." 
Caetano Veloso, Revista Fevereiro, 2017   

O DVD Dois Amigos, Um Século de Música você comenta que o repertório vai da música mais antiga, De Manhã (1963) até a recente As Camélias do Quilombo do Leblon, feita para o show após a turnê internacional. O que o inspirou?

Caetano Veloso: Fazia já um bom tempo, eu tinha lido um artigo de Eduardo Silva sobre o Quilombo do Leblon e suas camélias, que se tornaram o símbolo do movimento abolicionista. Antes de ir para a Europa, li "A História da Princesa Isabel", de Regina Echeverria e "Brasil, Uma Biografia", de Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, livros onde há referência a esse quilombo. De volta da Europa, me veio à cabeça, enquanto tomava banho em minha casa de Salvador, fazer uma canção sobre o tema. A sonoridade percussiva das palavras “as camélias do quilombo do Leblon” me sugeriram a frase melódica, a primeira parte. Esbocei uma segunda parte parecida com No Tabuleiro da Baiana, de Ary Barroso (1903-1964). Fui à casa de Gil e mostrei o que tinha feito, pedindo que ele refizesse a segunda parte sem abandonar de todo a parecença com a música de Ary. Ele fez isso e ainda arrematou com a frase final. Nós adoramos essa música. Ela fala desse episódio bonito de nossa história (que não nos ensinam nas escolas!), comenta os caminhos do samba, encontra sentido na rima de Leblon com Ebron, ao comentar a passagem pela Cisjordânia, e conclama o ouvinte à realização da Segunda Abolição. ...”

(21/12/2015, Correio, Salvador)

Opinião da casa:
O próprio Caetano chegou a comentar na possibilidade caça-níquel desse encontro e que, afinal, não se concretizou. O show é bonito mesmo quando soa repetitivo, traz um roteiro essencial para compreender os 50 anos de carreira e cumplicidade de Gil com Caetano. Gosto muito dos duetos nesse show, eles ficam mais unidos no palco dessa vez do que em shows anteriores. Os arranjos ficaram excelentes: "Nossa gente", "É luxo só"... e a ínédita "As camélias do Quilombo do Leblon" se garantem. 10/10.

2014 - Itunes Session


1. Livros (Caetano Veloso) 1997 
2. 13 de maio (Caetano Veloso) 2000
3. De manhã (Caetano Veloso) 1965 
4. Coração vagabundo (Caetano Veloso) 1967 
5. Por quem? (Caetano Veloso) 2009 
6. Samba da cabeça (Caetano Veloso) 1978 
7. Lost in the paradise (Caetano Veloso) 1969 
8. Cu-cu-rru-cu-cu, Paloma (Tomás Méndez) 1954 

Direção musical: Kassin 
Guitarra: Pedro Sá 
 Percussão: Márcio Vitor 
 Bateria: Nilton César (Cesinha) 
 Baixo: Danilo Tenenbaum 
 Masterização: Magic Master

Comentários:
"As músicas pertencem a várias épocas da minha carreira e são adequadas à formação de músicos que reuni.”
“Só posso gostar. É algo vivo feito em estúdio, sem as interrupções demoradas de uma gravação de álbum.” 

Caetano Veloso - Release do disco Itunes Session - Maio/2014 



2014 - Autoria


Compilação com 40 canções pouco conhecidas assinadas por Caetano e em parceria com outros músicos.

Faixas: 

A vida é ruim (Caetano Veloso) - Zélia Duncan
A voz do vivo (Caetano Veloso) - Gilerto Gil

Abandono (Caetano Veloso) - Gal Costa
Amo-te (mesmo?) muito (Caetano Veloso) - Aline

Campeão olímpico de Jesus (Caetano Veloso/Waly Salomão) - Maria Bethânia

Canção de protesto (Caetano Veloso)- Zizi Possi

Chegar à Bahia (Caetano Veloso) - Margareth Menezes

Child prodigy (Arto Lindsay/Caetano Veloso) - Arto Lindsay

Clever boy samba (Caetano Veloso)- Caetano Veloso

Coração-pensamento (Caetano Veloso) - Caetano Veloso

Dedicatória (Caetano Veloso) - Caetano Veloso e Maria Bethânia

Demorou (Caetano Veloso) - Caetano Veloso

Deus Vos Salve Esta Casa Santa (Caetano Veloso/Torquato Neto) - Nara Leão

Divinamente nua, a lua (Caetano Veloso/Orlando Morais) - Orlando Morais e Caetano Veloso

Divinamente nua, a lua [1991] (Caetano Veloso/Orlando Morais) - Orlando Morais

Dois Córregos (Ivan Lins/Caetano Veloso) - Ivan Lins

Dor de Cotovelo  (Caetano Veloso) - Elza Soares

Duas Manhãs (Caetano Veloso) - Vanusa

Estrela Grande (Caetano Veloso) - Elba Ramalho

From Faraway (Caetano Veloso/Jorge Mautner)

Lia (Caetano Veloso/Gilberto Gil) - Claudette Soares

Luz do mundo (Djavan/Chico Buarque/Caetano Veloso/Gilberto Gil/Arnaldo Antunes) - Vários

Malacaxeta II (Pepeu Gomes/Caetano Veloso) - Pepeu Gomes

Meu e Assim (Caetano Veloso/Eugénia Melo e Castro) - Eugénia Melo e Castro

Na Linha e na Lei (Dadi/Caetano Veloso) - Dadi

Não Posso Me Esquecer do Adeus (Caetano Veloso) - Nana Caymmi

Não quero ver você dançar (Sérgio Dias/Caetano Veloso) - Sérgio Dias

Naturalmente (João Donato/Caetano Veloso) - João Donato

Nave Maria (Roberto de Carvalho/Caetano Veloso) - Rita Lee

Nem sonhar (Perinho Santana/Caetano Veloso) - Davi Cardoso

O grande lance é fazer romance (Vinicius Cantuária/Caetano Veloso) - Vinícius Cantuária

Pagodespell (Caetano Veloso/João Bosco/Chico Buarque) - João Bosco e Martinho da Vila

Porteira (Caetano Veloso) - Tânia Alves

Quase (Caetano Veloso/Antonio Cícero) - Daúde

Rio Negro (Vinicius Cantuária/Caetano Veloso) - Vinícius Cantuária

Se essa rua (Caetano Veloso) - Luciana Mello e Rappin Hood

Sem pisar no chão (Vinicius Cantuária/Caetano Veloso) - Vinícius Cantuária

Sem se atrapalhar (Caetano Veloso/Moacir Albuquerque) - Wanderléia

Titled (Caetano Veloso/Arto Lindsay) - Arto Lindsay

Para fazer o download do disco, acesse o link nos comentários.



2014 - Multishow Ao Vivo - Abraçaço


01 - A bossa nova é foda (Caetano Veloso) 
 02 - Lindeza (Caetano Veloso) 
 03 - Quando o galo cantou (Caetano Veloso) 
 04 - Um Abraçaço (Caetano Veloso) 
 05 - Parabéns (Caetano Veloso/Mauro Lima) 
 06 - Homem (Caetano Veloso) 
 07 - Um comunista (Caetano Veloso) 
 08 - Triste Bahia (poema de Gregório de Mattos/Caetano Veloso)  
09 - Estou triste (Caetano Veloso) 
 10 - Odeio (Caetano Veloso) 
 11 - Escapulário (poema de Oswald de Andrade/Caetano Veloso) 
 12 - Funk Melódico (Caetano Veloso) 
 13 -Alguém Cantando (Caetano Veloso) 
 14 - Quero ser justo (Caetano Veloso) 
 15 - Eclipse oculto (Caetano Veloso) 
 16 - Mãe (Caetano Veloso) 
 17 - De noite na cama (Caetano Veloso) 
 18 - O império da lei (Caetano Veloso) 
 19 - Reconvexo (Caetano Veloso) 
 20 - Você não entende nada (Caetano Veloso) 
 21 - Gayana (Rogério Duarte) 
 22 - Vinco (Caetano Veloso) 
 23 - A luz de Tieta (Caetano Veloso) 
 24 - Outro (Caetano Veloso) 
 25 - Um índio (Caetano Veloso)

direção de Moreno Veloso (áudio) 
 Paula Lavigne e Fernando Young (vídeo)
Natasha Produções em parceria com a Multishow 
Universal Music 2014

Comentários:
"Abraçaço" foi um disco que me surpreendeu e intrigou. Recebo com alegria as reações positivas que ele provoca mas sigo pensando que não o conheço direito. Ou não o entendo. Quando fizemos o show de lançamento, no Circo Voador, a intimidade da plateia com as novas canções me comoveu. Eu próprio não sabia quase nada de seus possíveis encantos. Mas há coisas claras. A naturalidade com que Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado tratam as canções é perceptível mesmo para mim.
A bandaCê. Nossa colaboração foi miraculosamente direta desde o "Cê". Mas, com o tempo, tudo o que era entendido e realizado passou a ser produzido de modo tão orgânico que o que se capta é só a beleza, nunca as intenções. Sempre gostei de "A bossa 
nova é foda", mas aprendi a gostar de "Quero ser justo" e de "Quando o galo cantou" - e de "Um abraçaço"! - depois que os três caras as traduziram para mim. Suponho que eles gostavam mais de todas essas do que eu. Mais importante: Moreno  gostava mais de tudo o que estávamos fazendo do que eu conseguiria. É a certeza dele que, tendo feito do disco algo auto-afirmado, responde pela limpidez do som que se pode ouvir nas gravações ao vivo que estão no DVD e no CD que saem agora.
Perto de Vavá Furquim na análise da acústica do Vivo Rio (onde fizemos as apresentações que foram gravadas) e de Daniel Carvalho nas mesas de captação, mixagem e masterização dos sons, Moreno fez do "Multishow Ao Vivo - Caetano Veloso - Abraçaço" um trabalho relevante. Mágica foi a chegada de Hélio Eichbauer. Eu o tinha convidado para fazer a capa de um caderninho em que eu leria a letra de "Alexandre". Ele veio ao ensaio e, aceitando que tivéssemos apenas um fundo preto (mas dizendo que há pretos e pretos), fez a capa do caderno (que afinal saiu de cena, já que deixei de cantar "Alexandre", canção que adoro, pois não gosto de cantar lendo) e um pano de fundo composto de diferentes texturas e graus de transparência, chegando à lembrança de que o "Quadrado negro" de Malevich completava 100 anos em 2013 - e pediu a Igor Perseke para fazer reproduções, não só do "Quadrado negro", mas também dos outros três quadros mais radicais do pintor russo, pontilhando o palco com quatro cavaletes. 
 A luz, planejada por Hélio e Gabriel Farinon, seguiu as sugestões visuais dos pretos e dos quadros e as sugestões sonoras e poéticas das canções. A combinação de tudo isso foi captada com cuidado e energia por Paulinha Lavigne e Fernando Young. Para celebrar o fato de termos conseguido registrar tão bem o show (que, apesar de minha ignorância do sentido central do CD "Abraçaço", sempre nos deu alegria e comoção), vamos fazer apresentações especiais. De certa forma, o lançamento do DVD e do CD ao vivo também celebra as premiações do Grammy Latino obtidas pelo CD feito em estúdio. O fato de a inventiva e elegante capa criada por Quinta-Feira e Fernando Young ter recebido prêmio de melhor projeto gráfico (além de o refinamento sonoro com que a bandaCê, Daniel e Moreno enriqueceram meu enigmático trabalho de composição) me encheu de alegria, tanto que a parceria com a dupla é repetida na capa deste novo trabalho.
 Com o passar do tempo e com as revelações feitas por esses companheiros todos (e pelas plateias), canções como "Quando o galo cantou", "Quero ser justo" e "Estou triste" passaram a me parecer amáveis. Tenho muito orgulho de conseguir atenção e respeito por "Um comunista", música que dura 10 minutos e tem na letra certas dicções meio didáticas algo irregulares. Acho que muita gente pode gostar de ver e ouvir o que foi gravado num Vivo Rio lotado e participante. Sinto algum prazer em ter esse objeto para exibir.
Caetano Veloso
Janeiro de 2014  
Opinião da casa:

O último disco/show da trilogia "Cê-Zii e Zie-Abraçaço" com a Banda Cê é o que mais acerta em termos de soar como banda. O repertório continua com a mesma costura impecável entre canções do disco novo e antigos clássicos. Seja trazendo "Transa" de volta para as novas gerações com "Triste Bahia" ou reescrevendo o clássico "Reconvexo" como homenagem a dona Canô (mãe de Caetano, falecida em 2012) ou "Alguém cantando" para Nicinha (lembrando a irmã que interpretou a canção no disco "Bicho", de 1977 e faleceu em 2011) Caetano transforma o show em um relato pessoal, agregando ao disco citações mais fortes e cores mais densas.
Nota: no roteiro original do show "Alexandre" do disco Livro (1997) ocupava o lugar de "De noite na cama", porém Caetano mudou as canções, pois não gostava de ler a letra que não conseguia decorar.

2013 - Duetos - Ao vivo


Compilação de duetos ao vivo de 2000 a 2012

Faixas: 

01 Pé do meu samba
com Mart'nália

02 Negue
com Cesária Evora

03 É de manhã
com Beth Carvalho e Maria Bethânia

04 Desde que o samba é samba
com Beth Carvalho

05 Milagres do povo
com  Virgínia Rodrigues e Jauperi

06 Café com pão
com Jauperi

07 Eu sou terrível
com Rita Lee

08 Coração vulgar
com Teresa Cristina

09 You don't know me
com Karina Zeviani

10 Tempo de estio
com Jammil

11 Força da imaginação
com Dona Ivone Lara

12 Alguém me avisou
com Dona Ivone Lara e Gilberto Gil

13 Coração vagabundo
com Arnaldo Antunes

14 Negro amor
com Péricles Cavalcanti

15 Muito
com Nina Becker

16 Rugas na pele do samba
com Fernando Salem

17 Sozinho
com Sandra de Sá

18 Não existe amor em SP
com Criolo

19 Céu de Santo Amaro
com Chitãozinho e Xororó e João Carlos Martins

20 Luar do Sertão
com Chitãozinho e Xororó e Maria Gadú

21 Deusa do amor
com Moreno Veloso

22 Desde que o samba e samba
com Thalma de Freitas e Diogo Nogueira

23 Cara de pau [bonus track - estúdio]
com Sandra Simões

criação, repertório: Carlos Almeida 
+artwork: Pedro Progresso

2013 - You Don't Know Mix - Caetano Revisited

Em 68, Augusto [de Campos] mostrou-se impressionado com as declarações arrancadas por um repórter a Paul McCartney de entusiasmo por Stockhausen. Ouvindo, nos anos subseqüentes, o pop doce e desossado que Paul produziu – e a enxurrada de canções programadamente digestivas ou programadamente transgressivas que se seguiram ao espetacular crescimento do mercado de música pop depois dos Beatles -, pode-se imaginar o fastio e o dessabor de um homem como Augusto diante da canção popular (…) Augusto segue combatendo pela música impopular: Boulez Stockhausen, Berio, Varèse e Cage – mais Giacinto Scelsi, Luigi Nono. Ustvólskaia etc. A resistente impopularidade da música culta mais inventiva é realmente uma esfinge. (Otto Maria Carpeaux escreveu que a música sempre esteve na retaguarda.) E o lampejo de euforia de Augusto em face do possível (mas não ulteriormente desenvolvido) interesse do jovem McCartney por Stockhausen em 68 era a fugaz esperança de decifração do enigma (…) Recentemente ouvi de Arto Lindsay que os músicos e produtores dessas formas mais em voga de dance music (techno) são consumidores vorazes justamente desse repertório heroicamente defendido por Augusto. Assim, muito mais do que Paul pode ter ouvido Stockhausen, esses garotos ouvem Varèse e Cage, Boulez e Berio. E, me diz Arto, só falam nisso. O que pensar? Nos anos 70, vozes conservadoras (e muito úteis) já se levantavam para protestar contra “o modernismo nas ruas”. Mas onde e como se formará o ouvido coletivo naturalmente familiarizado com a música dos pós-serialistas ou pós-dodecafônicos? E que mundo será esse em que uma música assim soe como música ao ouvido de “todos?
Excerto do livro "Verdade Tropical", de Caetano Veloso [Companhia das Letras, 1997] 

 
Músicas: 

01 - Alegria, Alegria 
[Super Mario Bros. vs. Caetano Veloso] [Bertazi 8-bit Remix]

02 - Tropicália 
[ATCR Remix]

03 - Beleza Pura 
[Dj Zé Pedro Remix]

04 - Meia Lua Inteira - Short Dick Caetano 
[João Brasil Mash Up]

05 - Lindeza 
[Projeto Casulo Remix]

06 - It's Long Way 
[XAFU Remix]

07 - Eclipse Oculto 
[Mad Zoo Remix]

08 - Haiti Review 
[Leo Paulino Mix]

09 - Odara 
[ADT Disco House Mix]

10 - Zumbi 
[Remix]

11 - Maria Bethânia 
[Zopelar Rework]

12 - Depois Que O Ilê Passar 
[Jack Ridella Remix]

13 - Língua de Tamanduá 
[MV Bill feat. Caetano Velosoo] [Gelouko DJ Extended Mix]

14 - Billie Jean 
[Catalist Re-Hash]

15 - Sampa 
[Madzoo Remix]

16 - Um Canto de Afoxé Para o Bloco do Ilê
 [Sine Qua Non Remix]

17 - Guá 
[Gui Boratto Remix]

18 - Meia Lua Inteira [Give The Meia-Lua Away] 
 [DJ Jak Mash Up]

19 - Outro
 [Mei.k-o! Bootie]

20 - Rap Du Bom Parte II 
[Rappin' Hood feat. Caetano Veloso]

21 - Eclipse Tropical [Eclipse Oculto, Tropicália, Vaca Profana] 
[Dj Zé Pedro Remix]

22 - You don't know me 
[O.Vince remix]



+artwork
+repertório
Pedro Progresso

2012 - Abraçaço


1 - A bossa nova é foda 
(Caetano Veloso)

02 - Um Abraçaço 
(Caetano Veloso)

03 - Estou Triste 
(Caetano Veloso)

04 - Império da Lei 
(Caetano Veloso)

05 - Quero Ser Justo 
(Caetano Veloso)

06 - Um Comunista 
(Caetano Veloso)

07 - Funk Melódico 
(Caetano Veloso)
08 - Vinco 
(Caetano Veloso)

09 - Quando O Galo Cantou 
(Caetano Veloso)

10 - Parabéns 
(Caetano Veloso e Mauro Lima)

11 - Gayana 
(Rogério Duarte)




Comentários: 


O que você quer dizer com "Abraçaço" é "uma extensão múltipla, completa e em grupo"?
- A repetição do "ç" após "a" é ainda mais forte do que o "z" em espanhol: "ACAC" quando é escrito, dá a impressão de algo que se desenrola, círculos concêntricos. Som, ou com "c" ou "z", e dá a idéia de multiplicidade, não ser um simples abraço, mas porque sugere um interminável "açaçaçaçaç ...". E esse final "aço" também indica algo feito por muitas pessoas. No entanto, foi com a idéia de "grande abraço" que usei a palavra nas letras da música.  
Primeira vez que ouvi a palavra “abraçaço”, foi naquela música. Quem inventou a palavra, você
CV: Não, não, inventar não, inventei porque as pessoas dizem muito um beijaço, um filmaço, um golaço, então o abraçaço nunca ouço as pessoas dizerem mas não e impossível e fica interessante porque abraço para ter esta desinência -aço.. então vem o outro -aço Ficam dois, parece um eco, né, abraçaço, tem dois 'c' cedilha, né.. quando está escrito. Então achei bonito. Eu comecei a usar como as respostas de emails para amigos.


"Quando o galo cantou", é um samba, e isso tem algo a ver com o que eu quero fazer no futuro.
Entrevista a Matej Praprotnik - Radio Slovenija - Eslovênia, 2014 
"A bossa nova foi um grande evento em nossas vidas. Nenhum artista brasileiro da minha geração parou de falar sobre esse trauma inicial. O que João Gilberto fez? Ele lhes deu direção e incentivo às composições de Jobim, Lyra e Menescal, mudando o jeito de entender a música popular brasileira. E foi imediatamente adotado pelo público em geral. É disso que eu sempre falo, tentando dizer melhor e melhor. "A bossa nova é foda" nasceu de inspiração para expô-lo exatamente nesses termos. Os erros de perspectiva da visão internacional sobre o significado de gênero são antigos. Mas é mais anacrônico a opinião estrangeira de que esse movimento é resumido em um estereótipo sem que seja diluído no preconceito do vulgar. Miles Davis disse que "João Gilberto é música mesmo lendo um jornal". A bossa nova influenciou a ponta de lança do jazz dos anos 50 e 60, e definiu caminhos para professores de escolas de samba, novos músicos, ensaístas das ciências sociais e poetas de vanguarda. Hoje, João Gilberto é amado até pelos lutadores das artes marciais combinadas (MMA). novos músicos, ensaístas das ciências sociais e poetas de vanguarda"  ------- "Então, a música está cheia de homenagens e citações enigmáticas, onde Gilberto é" o bruxo de Juazeiro, "Carlos Lyra é "um velho instrumento grego" e até Bob Dylan como "o Bardo Judeo-Romântico de Minnesota. ------- "A ideia surgiu porque João Gilberto sempre gostou de boxe, ele era fã de Mike Tyson e tenho certeza que ele olha para a AMM", explicou. "Mas também porque o MMA é uma invenção brasileira, um amálgama feito aqui, como a bossa nova."

De seus últimos três álbuns, Abraçaço é possivelmente o mais melancólico. Além disso, embora pareça sem essa intenção, é um trabalho que flerta com a política, a ponto de homenagear o guerrilheiro urbano brasileiro Carlos Marighella sobre o tema "Um comunista". Por que o fez?
- Sem dúvida, o Abraçaço é o mais melancólico. Mas acho que, dos três, Zii e Zie foi mais político, por meio de temas como "Perdeu" e "A Base de Guantánamo", já que o Cê era quase exclusivamente individualista. Embora, além de "Um Comunista" (no qual é quase uma paródia das músicas de protesto dos anos 60), no meu último álbum está "O império da lei", uma canção sobre os assassinatos impunes de camponeses e missionários em o norte da Amazônia.
Entrevista a Yumber Vera Rojas para O Clarín - Música - Argentina, 2013

Funk Melódico/Quando o galo cantou - "O funk me interessa mais como construção estética, é algo muito sofisticado. Mas gosto do pagode romântico por aquela brincadeira rítmica, uma corridinha na letra, que faço um pouquinho na canção, mas diferente do que os pagodeiros fazem. Não queria uma imitação. É mais uma homenagem, até mais no dizer a expressão “pagode romântico” na letra"

O império da lei - Vendo o filme (“Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”), fiquei muito emocionado e pensando nessa situação do interior do Pará, que a gente acompanha pela imprensa há muitos anos, com a sensação de que o império da lei ainda não pôs seus tentáculos ali de modo firme. No filme, Dona Onete canta sobre uma batida, eu queria essa batida para essa música. Falei com a banda e eles entenderam logo. No filme, a batida estava discreta, eu queria trazê-la para a frente. Queria algo bem forte pra ser um brado mesmo. Pelo ritmo, tem um certo caráter de canção de festa, mas é nitidamente um brado de luta

Um comunista - É o tempo natural da respiração histórica a respeito da memória de Marighella. Jorge Amado passou a vida sonhando em ver um monumento a Marighella em Salvador, mesmo apoiando Antonio Carlos Magalhães. Pedaços desse monumento inexistente são o livro, o filme, a música dos Racionais e a minha canção, que são completamente diferentes. A dos Racionais é uma típica peça de hip hop. A minha parece uma canção de protesto da época das canções de protesto. E eu quis que fosse assim. É uma resistência da canção.

Entrevista a Leonardo Lichote - O Globo, 2012

Em seu último trabalho, Abraçaço, há uma parceria com Rogério Duarte, um dos mentores do Tropicalismo. Você pode falar mais sobre a canção Gayana e sua relação com Rogério?É uma canção de Rogério, letra e música. Ele me mandou por e-mail, num vídeo divino, em que ele aparece cantando e tocando violão com aquela barba longa e aquele tapa-olho. Os caras da banda ficaram maravilhados. Eu quis logo gravar. Aquela frase direta: "Eu amo muito você". E aqueles ecos da poesia hindu. Rogério é uma das inteligências mais impressionantes que já encontrei. Ele tem um jeito de deixar as palavras se formarem dentro dele que faz de qualquer argumento que ele apresente algo relevante e pertinente. Tudo parece vivido. E com intensidade. Quando ele me mandou a música, o título que ele próprio tinha escolhido era Hino Gay, porque falava de um amor que não era dito até aquele momento e porque ele queria homenagear algumas figuras da história do pensamento que foram homossexuais. Depois, observando que Gayana é um nome hoje usual na Índia para meninas, e lembrando o sentido de Gai em sânscrito, ele apareceu com esse título que, na verdade, é muito mais bonito. E não interfere na canção, como o outro faria. Eu adoro saber que essa música era ouvida na novela (Joia Rara) em que Caio Blat fez um monge budista. Fico vendo milhões de brasileiros ouvindo uma canção de Rogério em meio a imagens ligadas à Índia. Parece fazer muito sentido para mim. "
Entrevista Marina Novelli - Revista Muito, A TARDE, 2014
Opinião da casa:

A conclusão da trilogia com a Banda Cê veio pra fechar com chave de ouro a sequência que se iniciou com "Cê". Depois de compor um disco e um show para Gal Costa ("Recanto", de 2011), Caetano volta a questões que nunca abandonou, como a Bossa Nova ("A bossa nova é foda" abre o disco com um comentário atual, assim como em "Outras Palavras" ou "Circuladô"), as referências aos sambas de Noel e o funk carioca, as letras-biografias (algo de "Alexandre" no tamanho de "Um comunista") e temas que já se identificam com o modo "banda-Cê" de execução: "Vinco" e "Um abraçaço".
Ficam em evidência "Estou triste", prima de "Etc", do disco "Estrangeiro", de 89 e "Gayana", composição de Rogério Duarte que encerra o disco com um abraçaço no amor.